Eu particularmente acho que a ortodontia vive uma de suas melhores fases. O advento e a disseminação dos dispositivos de ancoragem esquelética, há alguns anos, proporcionaram ao ortodontista muito mais segurança e previsibilidade na realização de movimentações dentárias complexas, como as distalizações e intrusões.
Atualmente, a ortodontia conta com protocolos bem estabelecidos e respaldo científico quanto à eficiência desses dispositivos. Não há o que discutir, basta utilizá-los de maneira prudente e consciente.
Podemos dividir os dispositivos de ancoragem esquelética em três categorias:
- Mini-implantes inter-radiculares: são aqueles posicionados no processo alveolar, entre as raízes dentárias, permitindo a movimentação de um dente ou de um pequeno grupo de dentes.
- Mini-implantes extra-alveolares: são inseridos em regiões específicas (Crista Infra-Zigomática, Buccal Shelf ou na Rafe Palatina). Por estarem distantes das raízes e devido à maior densidade óssea dessas áreas em comparação ao processo alveolar, permitem a movimentação de um número maior de dentes ou até mesmo de uma arcada completa.
- Mini-placas: dispositivos maiores, instalados na região do osso basal, que geralmente é mais denso. Isso proporciona maior estabilidade ao dispositivo e permite a execução de movimentações mais complexas, onde, normalmente, são necessários múltiplos vetores de força.
